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Ovelhas com fitas ao vento
pastam mansas nas areias luminosas.
patas, algas e cacos de conhas
rastros e restos antes da maré.
pastam mansas nas areias luminosas.
patas, algas e cacos de conhas
rastros e restos antes da maré.
São graciosas ovelhas do mar
além dos pincéis do crepúsculo,
marchando nas espumas da praia
Ovelhas-nuvens brancas
saltando antes do sono
nos verdes pastos,
no céu azul.
O vento varre as estrelas
da beira do mar,
as fitas, o laço, o enleio,
esvoaçam as ovelhinhas
num sopro de suspiro branco
Fofinhas de algodão,
as ovelhas do mar
são nuvens com patas!
Foto – Reuters 26/04/2010 – Mont Saint Michel com ovelhas
Category: poesia
Claro que eu adoro a poesia da Valéria: porque é uma chuva de imagens. E porque ela tem um jeito tão próprio de escrever que consegue fazer coisas bonitas até em textos acadêmicos. É uma namoradeira de palavras. Eu adorei Ovelhas ao Mar, parece que foi feito por uma menina. Val: um beijo da sua amiga! Rus
Valéria,
Seu texto, aveludado e macio, comove e enleva, mas também dilacera. Continue a produzir isso que lhe sai da alma e enlaça o leitor em um mundo severo mas de emoções fortes e sutis.
Jayro
Jayro muito obrigada pelo seu comentário, como já lhe disse, ele é arguto, sincero e generoso e é isso que tem me movido a continuar.
Rus gostei muito dessa idéia de "namoradeira de palavras" Isso também dá um poema!