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Homenagem a Fernando Pessoa
Se o poeta é um fingidor
Que finge da carne até o ventre
Toda dor que deveras sente
O que fazer do corte
Nas nervuras do verbo?
Amar é sempre Intransitivo Indireto.
Se ler a dor fingida
É só brinquedo de poesia
No alpendre de uma nuvem
Que se chama emoção.
A dor que deveras sente
Fez me duas:
Uma que apascenta estrelas lá do céu
E outra cá na terra a apanhar flores do sentido
Para as duas a palavra é drops de absinto.
Category: poesia