Cidade Velha

0 Comments


 

O latejar das chaminés

E as tramelas  esquecidas

 Costuram treliças, trapézios, trapiches…

Ourivesaria do infinito

 

 

Um candelabro acende

A cada lembrança.

 

As esculturas da memória

secretam uma lição do tempo

 

 

As águas-furtadas

Cantam telhados de outrora

Nas confrarias oníricas

 

A textura dos vórtices

Abrem-se em cúpulas imaginárias

Quartos, hotéis, relógios?

 

Palácios de silêncio

Oxidam sob alfinetes de ficção.

 

Cinza-fuligem

de cubos recortados

galvanizam retratos

portáteis

 

Onde está o óxido

e o axioma da tradição?

Cidade velha

em nuvem de pó vermelho,

Seus sinos tocam sentidos

As catedrais continuam a esperar…

 

Deixe um comentário

Related Posts

V – Céumiotica de nuvens

Céus risonhos: Carneiros, Gigantes Cães milongos Dragões Palácios Uma sereia Paira sob a praia de cirro-estratos Num mar de nuvens Em ondas de alto-cúmulos, Rebanhos cheios de lã Marcham pelo…

III O céu mais belo…

Qual destes céus, oh Céus, É o mais belo? Céu de sentimento... O Céu é uma Flor Azul No pensamento? Nuvens pastam na vaga Da poesia... Céu de sentido e…

II O Céu de Sofia

Antes de ser Aluno do mar é preciso ser aluno do céu! Toda Sofia Nasce no céu E se põe a fiar Fios infinitos De sabedoria. Sofia É cor de…