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Teatro do tempo em outros versos

 

Sou três luas,

três Marias

três Alices

uma  Sofia

 

 

Labirintos

secretos

reluzindo

no prisma do tempo

 

Abrem-se

o relicário

o fabulário

o clavenário

 

 

São três luas,

três Marias

três Alices

uma  Sofia

 

 

Uma sempre tarde,

Outra sempre noite,

Outra manhã eterna

como página aberta.

 

Uma manhã

de tranças

Tarde

tempestade

Noturna brisa

 

 Uma, raízes bem

ao fundo.

Salão vasto,

janela púrpura

Outra escada

até o céu

 

Sou três luas,

três Marias

três Alices

uma  Sofia

 

Um relógio

em chegada,

partida,

espera e despedida

 

Sempre noite

Sempre dia

Sempre tarde

 

Outonos, verões,

primaveras

jardins, almas,

rios invernos

 

O tempo

é dado

ao tempo

para o tempo

em cada retorno

 

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