O mar entre Cecília Meireles e Sophia de Mello Breyner Andresen: partilhas espaciais e literárias através de imagens poéticas entre Portugal e o Brasil

0 Comments

O mar foi uma travessia, uma paisagem poética e um sentimento entronizado em Cecília Meireles e Sophia de Mello Breyner Andresen. Essas duas autoras, a primeira brasileira e a segunda portuguesa “encontraram-se” cruzando o Atlântico, encontraram-se também no interlúdio do período histórico em que viveram, mas sobretudo, encontraram- -se a partir da leitura e das possíveis influências da obra de Cecília Meireles na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen e por último encontraram-se no encantamento com que viram, cada qual, o outro lado do Atlântico. A Geografia que Sophia de Mello Breyner Andresen encontra no Brasil converte-se em poesia. Do mesmo modo a paisagem sensível que Cecília Meireles experimentara em Portugal converte-se em imagens dos lugares nos seus poemas. Desse modo, este trabalho consiste numa abordagem de geografia literária e fenomenológica, envolvendo a premissa de uma geopoética da partilha entre as duas autoras, sobretudo, através das imagens literárias do mar e das paisagens vividas por elas em seus encontros e desencontros.
Como citar:
PEREIRA DA SILVA, VALÉRIA CRISTINA. O mar entre Cecília Meireles e Sophia de Mello Breyner Andresen: partilhas espaciais e literárias através de imagens poéticas entre Portugal e o Brasil. In: JACINTO, Rui. (Org.). Sociedade e Memória dos Territórios. 43ed.Coimbra: CEI, 2022, v. 43, p. 123-135.
arquivo: ilide.info-iberografias-43-pr_cb75045dad04d86b7ee3f884f3cd4de3.pdf

Deixe um comentário

Related Posts

Sinos Elísios

Os sinos tocamA tarde  prepara-se em preceA Ave Maria das noites.Lua-luz de mistériosE lírios sinestésicosOs sinos tocam sinaisE os ventos vigiam e velamA boa noite, a boa passagem,a boa viagempara…

Pétalas No Arco-Íris

Pétalas deslizam Formando camafeus Num infinito encanto O arco é a ponte, o passo na lenda É a pintura no horizonte!     Jogo pétalas no arco-íris Sob um fundo…

Teatro do tempo em outros versos   Sou três luas, três Marias três Alices uma  Sofia     Labirintos secretos reluzindo no prisma do tempo   Abrem-se o relicário o…