Poema do amor eterno

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Eu posso te amarSem te tocarPorque sentir É chamaQue por si arde,Queima e flama E ao queimarAlimenta-seDa bondadeDos gestosDa músicaDe sua existência…Há uma ponte curva Entre o meu olhar e

Desencontro

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Eu nasci numa colinaAo lado da suaE te via soltando pipa, colhendo flores!Eu mesma só te olhava, enquanto regava minha única árvore…Depois crescemos e fui morar naquela cidade ao lado

Partitura

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Todas as coisas partemna partitura do relógioa lucidez da morteé uma tarde sem fim,mais uma noite fria..As amizades são espigas já colhidas….As vaidades trajes que usamos no verão da vidaOs

Urso Branco

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Os graus da existênciafervem sem emoçãoFiz festa no tempo,joguei confete no passado…Corri na montanha russa do futuroe no loop encontrei minhas duas facesUma sorria e a outra chorava, paraíso e

O Parapente do Pôr do Sol

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No ruge do crepúsculomaquiando a noiteum Parapentevoa suavemente E no contrasteEntre a luz e a claridadeum homem pássaroflutua no entardecer Uma poesia rubrade felicidadeempresta os tonsdo sol atéque o parapenteacenda

Viandante

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Esquecer todas as dores no ventoDe malas prontas para o futuroEstrada estrelaDe uma viandantecom 28 anos na almaE o frescor da felicidade…Deixei na valise do ocidenteO medo, a rejeição e

Ser e forma

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Ontem fui ao pomarProvar amoras amorais…Amoral? É com amor, com amora ou imoral?Um abacate dá lição de curvas lisas,as bananas falam de sonhos de sardasas amoras tem memórias de estar

Verdade de Poeta

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Homenagem a Fernando Pessoa Se o poeta é um fingidorQue finge da carne até o ventreToda dor que deveras sente O que fazer do corteNas nervuras do verbo?Amar é sempre

Um gosto de azul

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Prove o azulNa frialdade do ventoNas gotas frias de chuva. Prove o azulNa tinta da tempestadeNo escuro estrondo da trovoada. Prove o azulNo gosto do MirtiloNo acre da blueberryNa doçura