Categoria: poesia
Um lápis para cada poema
Pinto de azul as flores do dia De carmim as do passado E rosa-laranja as do futuro Pinto um poema Quando a lua crescente É uma xícara
Cidade Velha
O latejar das chaminés E as tramelas esquecidas Costuram treliças, trapézios, trapiches… Ourivesaria do infinito Um candelabro acende A cada lembrança. As esculturas da memória secretam
Poesia em V ou um pequeno monumento aliteral da linguagem
Muitos Vês em um Vale! ViVo, Verde, Verbal De Velas existencias de Violetas Vivas e Verbenas Encantadas! De Vitórias e Victorias De Valentes e Verdadeiros De Videiras, Vinhas, Vinhedos
Sineiros do tempo
O Alaúde de pedras tem cordas em sino Que batem rumores, Que cantam as dores, Do lume do céu. Dobradiças cantantes sob fios transparentes Véus de seda e nuvem
As asas púrpuras
Sai em busca do luar, Para no mais alto cume Tecer a lunografia. Encontrei um par de asas púrpuras No poeticial sublime do tempo Toquei no dourado
Armazém dos Anos II
No armazém dos anos… Está o anzol, a linha e o peixe prateado adormecido no balcão do tempo está o damasco amarelo e a memória dos primeiros amores