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Estátuas
Ninfas de pedras nuasou em vestes de vento petrificadomendigam austeras nos canteiros das avenidas. Habitam praças solitáriasAo fim de ruas esquecidasnos monocórdicos dias. As cornucópiasAs gárgulasOs cupidos,Sátiros, elfos e homensdo pináculo do tempo,que olhos de medusa te petrificaram? Contemplo a estátua e sua memória de mármore,um murmúrio silencia sem resposta.
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Bolhas de sabão
A bolha nasce leve entre o sonho e o vento. Flutua uma outra estrela. Tomando cores do dia, é anamorfose oca do arco-íris De que és feita? Das espumas incontáveis, das escamas das águas? Das serenatas das brisas? Surgida das bocas das flautas Entre o sopro e o tempo É aparição…