O presente artigo tem por objetivo apresentar o estudo da cidade de Goiânia partir da relação entre temporalidade, imaginário e as sensibilidades cotidianas. A cidade de Goiânia, assim como Brasília, Belo Horizonte e Palmas é uma cidade que surgiu a partir de projetos e planos sofisticados, distinta das cidades históricas cujos espaços estão atrelados à memória e à identidade coletivas forjadas na passagem do tempo e no que também compreendemos como duração. O tempo ausente, entretanto, não é um tempo abolido, inexistente, mas sim um tempo que espera para “acontecer”, que espera para transcorrer. Em Goiânia, já assinalamos, no decurso de quase oito décadas, a possibilidade de investigar a temporalidade urbana e nela o imaginário social, no qual a literatura e a paisagem são os instrumentos privilegiados de análise para interpretar, no espaço urbano, suas micro-tempo-territorialidades forjadas no cruzamento inextrincável entre a cidade, a memória a sensibilidade.
Como citar:
SILVA, Valéria Cristina da. Rev. Caderno Prudentino de Geografia. Presidente Prudente, n. 35, volume especial, p.6-25, 2013. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/issue/view/223/showToc