O poeta e o sonho

0 Comments

Em Lisboa, no Chiado, encontramo-nos com Fernando Pessoa e é possível estabelecer com ele um diálogo silencioso e poético. Ele está sentado quase em frente ao Café Brasil. Na alta noite de lua azul, no milímetro de segundo que o Chiado se esvazia, ele levanta-se e vai cumprimentar de chapéu o poeta Chiado, que fica logo em frente, do outro lado da rua. O Chiado com seu ar de sátiro quase a saltar, agradece o Pessoa e recita um poema qualquer e no instante seguinte tudo volta ao normal neste espaço que se abre como janelas no meu sonho.

Deixe um comentário

Related Posts

Poeta gravador

Porque será rapazQue por tiMe consumo os dias? Será por esses olhosProfundos?Por esses lábios brilhantesQue convidamO beija-flor e a rosaA todo instante? Esse semblante que me olhaMe sorri? Será por…

Armazém dos Anos II

No armazém dos anos... Está o anzol, a linha e o peixe prateado adormecido no balcão do tempo   está o damasco amarelo e a memória dos primeiros amores  …

Um gosto de azul

Prove o azulNa frialdade do ventoNas gotas frias de chuva. Prove o azulNa tinta da tempestadeNo escuro estrondo da trovoada. Prove o azulNo gosto do MirtiloNo acre da blueberryNa doçura…