Samburá

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Pescar um peixe na nuvem.
E guardar no samburá do redemoinho…
E como sentir o frio do vento
Perdendo-se até o infinito
Imaterial do sentimento

Ir no profundo dos dias
Na soma dos afetos
Pintando um quadro
De pétalas vivas

Caminhar até o céu
Numa escada de gelo
Para tocar o rosto de uma estrela

Para oferecer-lhe a flor azul do Manacá
Em seu perfume de amor eterno
Lá onde o sonho adormece
Para acordar para sempre

E os acordes de doçura
Soneto e silêncio
Que um violino de veludo
Toca por ti.

Os jasmins, as rosas e os cravos
Deixam pétalas na história
E vozes no vento

De tudo que nos tinge
Tão fundo como o ar
Que se respira
Deve saber um anjo azul
Se em algum lugar existir…

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