Samburá

0 Comments

Pescar um peixe na nuvem.
E guardar no samburá do redemoinho…
E como sentir o frio do vento
Perdendo-se até o infinito
Imaterial do sentimento

Ir no profundo dos dias
Na soma dos afetos
Pintando um quadro
De pétalas vivas

Caminhar até o céu
Numa escada de gelo
Para tocar o rosto de uma estrela

Para oferecer-lhe a flor azul do Manacá
Em seu perfume de amor eterno
Lá onde o sonho adormece
Para acordar para sempre

E os acordes de doçura
Soneto e silêncio
Que um violino de veludo
Toca por ti.

Os jasmins, as rosas e os cravos
Deixam pétalas na história
E vozes no vento

De tudo que nos tinge
Tão fundo como o ar
Que se respira
Deve saber um anjo azul
Se em algum lugar existir…

Deixe um comentário

Related Posts

Silêncio Azul

O dinheiro é duro E pode endurecer até os corações mais frágeis na velocidade dos juros... Enquanto o tempo passa sem pressa Miro garrafas de asfalto a brilhar num silêncio…

Deus é Poesia

Todo poeta Bebe na fonte do mistério... Vai ao poço e a nuvem Para buscar o peixe de sentido. Busca o ser do ser No rio do espelho No lótus…

Sineiros do tempo

O Alaúde de pedrastem cordas em sinoQue batem rumores,Que cantam as dores,Do lume do céu. Dobradiças  cantantessob fios transparentesVéus de seda e nuvemSob o branco  vale, onde da torre emana a poesia dourada dos infinitos…