Verdade de Poeta

0 Comments

Homenagem a Fernando Pessoa

Se o poeta é um fingidor
Que finge da carne até o ventre
Toda dor que deveras sente

O que fazer do corte
Nas nervuras do verbo?
Amar é sempre Intransitivo Indireto.

Se ler a dor fingida
É só brinquedo de poesia
No alpendre de uma nuvem
Que se chama emoção.

A dor que deveras sente
Fez me duas:
Uma que apascenta estrelas lá do céu
E outra cá na terra a apanhar flores do sentido
Para as duas a palavra é drops de absinto.

Deixe um comentário

Related Posts

O Jardim Azul

Águas claras cantantesa travessia das pedras do riachoé o caminho naturalpara o jardim azul Um vergel na Outra margemDo vento  A ponte, porém,É o perfume das floresna lembrança Nossa fronteenternececom…

Um Porto de Mil Pontes

Um Porto de mil pontes E setecentos cais no horizonte Um Porto de Pedra e memória Na suas ladeiras de azulejos, Um porto de portas abertas Às Margens do mar…